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O café é uma bebida quase nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), nove em cada dez brasileiros com mais de 15 anos consomem o grão. O fruto é tão querido que ganhou até o seu Dia Mundial. A data, lembrada em 14 de abril, vem para homenagear o grão de origem etíope.

A ingestão de café pode trazer inúmeros benefícios, além do aumento de energia, quando consumido em quantidades moderadas (até 4 xícaras/dia). “Isso acontece porque o grão é rico em nutrientes saudáveis, que auxiliam na redução de problemas cardíacos, risco de diabetes e câncer, e ainda, favorece o emagrecimento, ajuda na respiração, melhora a memória e entre outros ganhos”, aponta o nutrólogo Allan Ferreira, do Hospital Anchieta de Brasília.

Mas você sabia que o café pode ir muito além da bebida? Pensando nisso, a farmacêutica e consultora da Farmacotécnica, Leandra Sá de Lima, trouxe outras formas de se usar o café e obter vantagens com o fruto. Confira:

Queda de Cabelo
A cafeína presente no café, bastante conhecida pela sua ação termogênica foi estudada na redução da queda de cabelo em pacientes com alopecia de padrão androgenético. De acordo com a especialista, o produto estimulou o crescimento dos fios e reduziu os fatores envolvidos na queda capilar. Esse estímulo ao crescimento dos cabelos parece estar relacionado ao aumento da produção endógena de fatores de crescimento responsáveis pela regulação do crescimento e queda capilar.

“O mecanismo de ação apresentado pela cafeína, mostrou que o ativo, pode ser um coadjuvante no tratamento do problema que acomete homens e mulheres e que tem sido uma queixa frequente no período da pandemia”, destaca Leandra.

Celulite
Desde muito tempo o efeito da cafeína nos quadros de celulite é conhecido. A substância tem a capacidade de favorecer a circulação sanguínea na pele e, com isso, potencializa a drenagem e o controle do quadro. Porém, hoje em dia existem versões mais sofisticadas que podem melhorar esse resultado.
“É o caso da Nano Cafeína. Com o tamanho de partícula muito pequena, a forma nano otimiza a permeação cutânea, levando o ativo exclusivamente onde ele tem que atuar”, pontua. Ela continua: “a  nova apresentação da cafeína é produzida no Brasil, com tecnologia gerada em nossas universidades e pode ser veiculada em géis, cremes e loções”.

Redução de gordura
O último ponto citado pela farmacêutica é o grão de café verde. Segundo ela, ele possui como principais constituintes a cafeína, a teobromina e teofilina, os taninos e flavonóides e o ácido clorogênico. “O último, combinado com a cafeína, pode diminuir a acumulação de gorduras nas células. Além disso, o ácido feruloilquínico e o ácido neoclorogênico aumentam a atividade de uma enzima responsável pela oxidação de gordura no fígado” ressalta.

Ainda conforme a especialista da Farmacotécnica, estudos apontam que o ácido clorogênico do café verde pode reduzir a absorção de glicose no intestino e contribui para o controle dos níveis de açúcar no sangue. “Dessa forma, o grão de café verde pode prevenir o acúmulo subsequente de gordura corporal, e contribuir para a liberação e decomposição de triglicérides do tecido adiposo”, acrescenta.

Suplementação
Leandra de Sá também lembra que a cafeína ficou popular entre os atletas. Isso porque pode reduzir os efeitos do cansaço, aumentar o estado de alerta, aumentar a força de contração muscular, diminuir a fadiga muscular, estimular a diurese, e entre outras vantagens, o que, teoricamente, favorece o emagrecimento.

“Ela pode ser adquirida na forma manipulada em cápsulas ou shakes. E é recomendado que o uso do suplemento de cafeína seja feito com, aproximadamente, 30 minutos de antecedência, no caso daqueles que praticam treinos”. Dessa forma, de acordo com ela, a cafeína terá tempo suficiente para começar a agir no corpo e gerar os efeitos desejados.

Mas atenção, a prescrição da cafeína deve ser realizada e acompanhada por médico ou nutricionista. Isso porque o consumo excessivo dessa substância pode causar danos à saúde. “Ela também é contraindicada para gestantes, lactantes e cardíacos”, conclui.

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