Izabella Rocha / Divulgação

Em 25 de setembro, a cantora Izabella Rocha, acompanhada de seu sexteto, realiza show no Arena Drive Multicultural, como parte das ações de lançamento do álbum Bella, o segundo solo da cantora. No repertório da apresentação, destaque para “Three Little Birds”, de Bob Marley, o segundo single do álbum (o primeiro foi “O Carcará e a Rosa”, sucesso do Natiruts, banda em que Izabella começou sua trajetória musical). O evento dedicará a maior parte das vagas a profissionais de saúde (convidados), que serão homenageados pelo trabalho que desenvolvem pelo bem de todos, nesses tempos de combate à pandemia do Coronavírus.

Para uma experiência ainda mais interessante, o show terá transmissão simultânea do palco para o telão de alta definição, além de outras surpresas visuais, conferindo à performance ainda mais elegância e um toque e modernidade, tanto para quem acompanhar a apresentação direto dos carros ou via youtube.

Em razão da pandemia, a artista adaptou a apresentação do novo trabalho para um formato trabalhado música a música. Fazendo uso do “combo” que engloba lançamento do single nas plataformas de streaming, ancorado por lives e minidoc para cada uma das faixas, os lançamentos, em boa medida, têm acontecido mais pelas redes sociais. Por esta razão, o encontro com o público, propiciado por este modelo híbrido de live com apresentação em drive-in, entusiasma Bella. “Não importa a forma, a música tem esse incrível poder de unir as pessoas, mas eu estou com saudade demais dessa conexão que o palco proporciona a artistas e público, mesmo que haja uma série de medidas para garantir o distanciamento social, o que, na verdade, me tranquiliza muito”, afirma Bella.

Canto Three Little Birds desde a minha adolescência, muito antes da carreira musical. O Reggae está na minha essência e o Bob Marley é supremo para quem ama esse estilo. Esta canção me toca de maneira especial, pois foi feita em homenagem às I-Threes Rita Marley, Judy Mowatt e Marcia Griffiths, backing vocals do The Waillers, banda que acompanhava Bob Marley, mesmo papel que eu desempenhei no Natiruts. Elas me influenciaram bastante na timbragem, suingue, canto… Também adoro a mensagem da canção, de que tudo vai dar certo. Sou uma apaixonada pela vida, pela fé, positividade. Esta música me embala a olhar o mundo de forma mais esperançosa”, explica a cantora.

Sobre a versão, Izabella trouxe a música para o que ela chama de “jazz e afins”. “No caso desta canção, esteve mais para um ‘reggae jazzeado’ ou ‘jazz reggaeado’, onde misturamos levadas do jazz e batidas do reggae, muito presentes nas linhas de baixo, teclado e metais, principalmente e, claro, no vocal. O resultado é muito a tradução da sonoridade que me encanta neste momento”, afirma.

O primeiro single lançado, “O Carcará e a Rosa”, vem performando bem nas lojas digitais. Apenas no Spotify, a música se aproxima dos 30 mil streams. O objetivo é continuar alcançando um público cada vez maior, Brasil e mundo a fora, o que no caso de ‘Three Little Birds” pode ser facilitado, considerando que a música é cantada é em inglês. Ao mesmo tempo em que vislumbra uma audiência mais diversa, a cantora cultiva suas raízes e valoriza o relacionamento com Brasília, cercando-se de artistas e profissionais locais.

Um Novo Momento

Conhecida do grande público como uma das fundadoras do Natiruts, Izabella vem trilhando outros caminhos para além do reggae desde 2007, primeiro com o projeto InNatura, e, em seguida, sua estreia na carreira solo em 2016, com o álbum Gaia. Atualmente, ela vive o que considera a plenitude da sua estrada musical. “A música sempre me realizou e fui muito feliz em todas essas fases com os trabalhos, as experiências musicais e as vivências que me transformaram e me nutriram de várias formas. Desde Gaia eu já vinha lapidando o meu estilo, somado às minhas experiências como mãe e mulher. Mas hoje, pela primeira vez, sinto que encontrei musicalmente uma maneira muito sincera de me expressar. A realização só cresce dentro de mim”, afirma Bella.

Apesar dos novos timbres e referências, sobretudo influenciada pela diva Billie Holliday, Izabella não foge de suas origens. Ao contrário, as evidencia e homenageia. No álbum de nove faixas, entre material autoral e versões para canções de Natiruts e InNatura, o repertório visita Bob Marley, Luís Carlinhos, Rogê, Tonho Gebara, João Suplicy, Billie Holiday, standards do jazz e gypsy jazz autoral. Soma-se à delicadeza de sua voz, uma sofisticada e, ao mesmo tempo descontraída presença de palco. A mulher dona de si também traz em si a menina do reggae, conferindo personalidade à performance.

O novo álbum conta com arranjos do pianista Renato Vasconcellos e tem como ponto de partida o show “Blue Moon”, que Izabella Rocha apresentou ao longo de 2018 e 2019, interpretando canções clássicas que resgatam as blue notes nascidas em New Orleans, com um toque de Reggae, Bossa Nova, Samba e Soul Music. Para apresentação do trabalho, ela se cercou de feras como Dido Mariano (baixo acústico e elétrico), Misael Barros (bateria), Moisés Alves (trompete), Joshua (sax), Rodrigo Bezerra (guitarra), Felipe Portilho (Teclados) e Renato Vasconcellos (piano e teclados).

A gravação do álbum “Bella” também conta com as participações especiais de Bruno Medina (saxofone), Márcio Marinho (cavaquinho) – na música “Agora ou nunca”. –, Oswaldo Amorim (baixo), Lourenço Vasconcellos (vibrafone), Leander Motta (bateria) e Paulo André (violão) – em “Beautiful Love” –, Kiko Péres (violão) e Ademir Junior (clarineta) – em “Carta pra Ele” –, Juninho Di Souza (guitarra) – em “O Carcará e a Rosa” –, João Suplicy (voz e guitarra)– em “Ansiedade” – e da filha Gabriela Dourado, dividindo os vocais em “God Bless the Child”.

CARREIRA

Izabella Rocha foi uma das fundadoras da banda de Reggae Natiruts, uma das principais bandas do Brasil, surgida em 1996. Como backing vocal e cantora, ela gravou cinco discos de estúdio – “Nativus” (1997), “Povo Brasileiro” (1999), “Verbalize” (2001), “Qu4tro” (2002) e “Nossa Missão” (2005) – e fez centenas de shows pelo país.

Em 2006 saiu em busca das raízes musicais e, no ano seguinte, criou – ao lado de Bruno Dourado (percussão) e Kiko Péres (guitarrista), também ex-integrantes do Natiruts – o grupo InNatura, com o qual gravou mais três álbuns: o ao vivo “Um Artista Brasileiro” (2007, lançado em DVD), “Bossa Ragga” (2010) e “Innatura 3” (2013).

Com a maternidade – ela é mãe de Gabriela, Rafael e Elis –, entrou em contato profundo com o feminino e percebeu sua ligação com a natureza do planeta Terra, verdadeiro útero para toda a vida. Esta foi a base de “Gaia”, o primeiro disco solo e autoral, lançado em 2016, celebrando seus 20 anos de carreira. As letras foram inspiradas pelo sagrado feminino e a mãe natureza.

Em 2020, Izabella Rocha volta com o segundo álbum solo, “Bella”, onde mescla influências do Jazz, Reggae, Soul, Samba Jazz e Bossa Nova, entre versões diversas e músicas inéditas.

Serviço:

Show Izabella Rocha

25 de setembro

20h30

Arena Drive Multicultural

R$ 90 (04 pessoas por carro)

https://www.ingresse.com/izabella-rocha-lancamento-bella

 

Deixe um comentário