A jovem advogada Emanuela de Araújo (29) é mestre em Direito Penal pela Universidade de Sevilha (Espanha) e apresenta-se no cenário jurídico brasilense como inspiração para o futuro das mulheres na advocacia. Com mais de sete anos de experiência em causas criminais, ela é coautora em mais de cinco obras jurídicas e sua trajetória profissional demonstra seu interesse por uma atuação moderna, com bases sólidas na experiência prática e traz equidade para um ambiente de trabalho majoritariamente masculino.
Na época de faculdade (Universidade Católica de Brasília – UCB) Emanuela foi estagiária no tribunal do júri, onde se apaixonou pelo Direito Penal e, desde então, teve todas as suas perspectivas voltadas para esta área. Ao cursar seu mestrado na Espanha, a advogada teve como professor um dos maiores juristas espanhóis, o especialista Polaino-Orts, quem ela leva como uma inspiração em sua trajetória.
Ao retornar de seus estudos na Europa, a criminalista continuou suas pesquisas acadêmicas e publicou diversos artigos em plataformas jurídicas renomadas, como a Conjur. Além de vários comentários jurídicos em jornais de alcance nacional, ela trabalhou com grandes nomes da advocacia paulista, como Antonio Belarmino, presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (ABRACRIM) no estado de São Paulo e o professor titular de direito penal da USP, Alamiro Velludo Salvador Netto, que além da parceria profissional, escreveram juntos um artigo que foi selecionado para a obra em homenagem ao ministro do STJ já aposentado, Nilson Naves.
Sua atuação profissional atravessou fronteiras e alcançou países sul-americanos e europeu, tendo um artigo publicado na revista eletrônica “Escola Legal”, no México, e palestrou para a Universidade Mexicana Magno Americana. Já no Peru, a convite de vários colegios de advogados peruanos, a advogada participou de um seminário e abordou temas como Juiz de Garantias e Fraude Informática. Pela Orden de la Abogacía Colombiana e pelo Colegio de Abogados de Morón (Argentina) a mestre possui reconhecimentos outorgados. Teve, também, sua participação nos grupos de trabalho da Cátedra da Unesco em parceria com a Universidade de Las Palmas de Gran Canaria, dirigidos pelo professor catedrático Dr. Daniel Montesdeoca Rodríguez, que é o diretor da Cátedra UNESCO de Derechos Humanos y Democracia da universidade espanhola.
Agora, para o segundo semestre de 2023, a advogada criminalista prepara a publicação de sua obra solo, denominada “Fraudes por meios informáticos”, caracterizada como um estudo inovador e soma-se às cinco obras jurídicas, anteriormente publicadas, como coautora.
“Desde o início da minha pesquisa na Espanha venho acompanhando como a digitalização impacta o mundo na perspectiva de novos crimes, sobretudo, os digitais. O Brasil, em 2020, foi o país mais atingido no mundo do ataque cibernético, conhecido como Phishing. A minha expectativa para com a obra é levar e instigar a comunidade jurídica a debater e discutir o tema que está em constante mudança, devido às nuances e sensibilidade nossa frente ao mundo digital e a resposta penal do Estado que, por vezes, se mostra ineficaz”, esclarece Emanuela sobre sua próxima publicação.
Emanuela comemora o fato de que mulheres têm ocupado cada vez mais espaço na advocacia brasileira, obtendo reconhecimento em seus trabalhos e conquistando cada vez mais os espaços profissionais. Segundo dados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 2020, as mulheres representavam 53,6% dos profissionais inscritos na entidade, enquanto os homens correspondiam a 46,4%. Apesar da presença feminina na advocacia ser majoritária, ainda há desafios a serem enfrentados em relação à igualdade de gênero dentro do universo jurídico.
“É bastante gratificante percorrer essa trajetória, da mesma forma em que tive e tenho inspirações, como as professoras Heloisa Estellita e Alice Bianchini, ver que meus esforços servirão de inspiração para outras advogadas é a validação de que estou no caminho certo, não só pelo lado profissional, mas também, realizando um compromisso social”, a mestre comemora sua caminhada profissional e brinda o poder feminino.
