Circo Teatro Udi Grudi / Foto: Marcelo Dischinger

O Circo Teatro Udi Grudi celebra seus 40 anos de existência, trajetória marcada pela inventividade e criação de linguagem própria. E para comemorar essas quatro décadas com o público brasiliense, resgata parte importante dessa história – com uma pitada de novidade, claro – com a apresentação do espetáculo show ConSerto Excêntrico, com sessões gratuitas nos dias 15 e 16 de maio, no Teatro Plínio Marcos, do Eixo Cultural Ibero-americano.

O espetáculo mescla concerto, performance circo-teatral e muita criatividade que salta aos olhos com as engenhocas musicais – marca do grupo. Os palhaços fundadores, Marcelo Beré, Luciano Porto e Márcio Vieira, somam-se à Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, e aos convidados especiais e parceiros do grupo, Mateus Ferrari, Janette Dornellas e Nonato Véras, para apresentações inéditas.

No programa, repertório eclético que inclui composições nacionais como O Trenzinho do Caipira (Villa Lobos) e Aquarela do Brasil (Ary Barroso), a temas internacionais como Star Wars Theme Song (John Williams) e Libertango (Astor Piazzolla).  Ainda, um momento especial com o coral Uma Sinfonia Diferente, composto por jovens autistas.  Para sua realização, o projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF).

“Preparamos um espetáculo que é uma grande festa de celebração com o público. O desafio que propus ao grupo foi de reunir momentos vividos nessa história, mas também incluir o novo. Vamos levar para o palco repertório que inclui trechos consagrados aliados a instrumentos novos do Parque DiverSom que estão pela primeira vez em uma apresentação. Também teremos desenho digital ao vivo com projeção, assinado pelo Marcelo Beré.  tudo integrado com a Orquestra Sinfônica”, conta Leo Sykes, que desde 1998 dirige o Udi Grudi, sendo O Cano, seu primeiro trabalho com a trupe e que abriu portas para outros lugares do Brasil e do exterior.

Pioneiros na proposta do ‘Novo Circo’ em Brasília, a história da companhia, fundada em 1982, funde-se com a história da Capital Federal, tendo contribuição importante para a construção da identidade sócio-cultural da cidade. É um dos mais antigos grupos de circo-teatro contemporâneo do Brasil. O grupo norteia seu trabalho pela investigação e criação de espetáculos originais. Ao longo dos anos, o grupo tem desenvolvido uma linguagem própria baseada no clown, no teatro experimental e na música.

O Udi Grudi traz em sua bagagem a vivência de um circo tradicional onde apresentavam comédias e dramas do circo-teatro, além de números como malabarismo, acrobacias, passeio-aéreo, corda indiana, show radiofônico e trapézio de vôos. Nos palcos e picadeiros, os clowns tocam e cantam, os cenários viram instrumentos, e a dramaturgia é baseada na imagem e na sonosfera.

Os espetáculos já levaram a companhia para Alemanha, Argentina, Bélgica, Bolívia, Canadá, China, Cuba, Dinamarca, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Itália, México e Suíça, além de 16 estados brasileiros.

E ainda tem DiverSom!

Presente para a criançada – e para os mais crescidos também-, o Parque DiverSom vai ocupar o gramado entre o Teatro Plínio Marcos e o estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano de 14/05 a 17/05, com acesso livre.

Iniciativa de Márcio Vieira e Luciano Porto, ambos integrantes do Udi Grudi, o parque foi criado em 2016, fruto de um projeto que englobava uma exposição temática sobre o som, abordando aspectos da História, da Acústica e da Música e um playground sonoro.

A grande diversão é despertar a percepção auditiva pela associação de sons e movimentos. São brinquedos tradicionais de parquinho infantil acoplados a aparatos sonoros que são acionados pelo movimento do brincante. Embora sejam brinquedos para crianças, são dimensionados para suportar o peso de adultos, permitindo que toda a família participe da folia!

A temporada do Diversom – Udi Grudi 40 anos tem patrocínio da Usiminas, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio do Instituto Usiminas.

História

A companhia Udi Grudi nasceu em Brasília em 1982, a partir da montagem da peça Circo Udi Grudi, de Jeanne Marie. Luciano Porto, Marcelo Beré e Márcio Vieira então formaram o grupo que, no ano seguinte, montou a primeira peça Gambira goiaba. No começo da trajetória pelo Distrito Federal, o grupo desenvolveu projetos culturais enquanto emergia em intensa pesquisa sobre a linguagem circense.

O grupo montou, posteriormente, o espetáculo Menina dos Olhos, sob direção de Hugo Rodas. Dentre os prêmios conquistados pelo trabalho, três prêmios APAC-DF (Melhor trilha sonora, melhor espetáculo infantil e melhor cenário) e o prêmio Concorrência Fiat de 1989. Foi a partir de 1998, que entrou em cena a diretora Leo Sykes, dirigindo os palhaços do Udi Grudi na nova peça O Cano, espetáculo que levou a trupe para fora do Distrito Federal pela primeira vez.

O Cano fez muito sucesso em Edimburgo, o que garantiu para o Udi Grudi diversas avaliações positivas da crítica e uma infinidade de convites para outros festivais. O grupo ganhou, no Fringe Festival em Edimburgo, o Herald Angel Award. Os palhaços também já foram presenteados com a comenda da Ordem do Mérito Cultural do Distrito Federal. (Fonte – CB)

Serviço
Circo Teatro Udi Grudi 40 anos
Eixo Cultural Ibero-americano

14/05 a 17/05

Parque DiverSom aberto ao público, no gramado entre o Teatro Plínio Marcos e o estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano. Acesso livre

15/05

14H30 – Apresentação gratuita do espetáculo ConSerto Excêntrico para escolas e público em geral. Sessão com audiodescrição e intérprete de LIBRAS. Teatro Plínio Marcos. Ingressos via Simpla.

16/05

09H30 – Apresentação gratuita do espetáculo ConSerto Excêntrico para escolas e público em geral. Teatro Plínio Marcos. Ingressos via Simpla.

20h – Apresentação do espetáculo ConSerto Excêntrico gratuita e aberta ao público, no Teatro Plínio Marcos. Ingressos via Sympla esgotados, porém haverá fila de espera, com abertura às 19h45. A produção solicita que quem retirou seus ingressos cheguem ao teatro até esse horário limite.

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