Só Reparos/Deca - Divulgação

A preocupação com o meio ambiente tem transformado os hábitos e a forma de consumo pelo mundo. Para além das atitudes diárias, as medidas sustentáveis também estão pautando as formas como as pessoas se expressam e idealizam a decoração das suas casas, por exemplo. A arquiteta da Só Reparos, Yana Maciel, destaca sobre o uso do design biofílico, uma tendência que incorpora elementos naturais e sustentáveis na decoração de interiores, como uma saída para adotar atitudes mais verdes.

A pesquisa Casa do Futuro, realizada em 2021 pela Hibou, mostrou que muitos brasileiros desejam casas mais tecnológicas, confortáveis e sustentáveis.Quando perguntados sobre conforto, 71,3% disseram querer mais espaços e áreas verdes. Além disso, 60,2% falaram sobre o desejo de poder reaproveitar a água da chuva, como uma medida sustentável.

É importante lembrar que na hora de implementar algumas mudanças nos lares é preciso estar atento ao orçamento. “Tudo depende do tamanho da mudança e do que o cliente quer transformar. Pensando em dicas mais práticas, em termos de decoração, podemos aderir ao design biofílico, que é a inclusão de elementos naturais nos espaços construídos, com objetivo de trazer bem-estar e conforto”, comenta Yana, arquiteta da Só Reparos.

A primeira medida a ser adotada quando se deseja incluir medidas mais sustentáveis é verificar a iluminação. “A iluminação de LED é a opção mais sustentável, se compararmos com as lâmpadas fluorescentes ou incandescentes; A substituição é necessária”, complementa.

Para exemplificar um ambiente que une sustentabilidade e aspectos naturais, Yana imaginou a reforma ou construção de um banheiro. “Atualmente, podemos perceber que, cada vez mais, as pessoas estão se preocupando em tornar o banheiro um espaço de refúgio e conforto, sem deixar de lado o aspecto funcional”.

No caso de projetos de banheiros, fazer a troca das descargas dos vasos sanitários também garante economia e menor impacto ambiental. “As descargas de duplo fluxo são ideais para evitar o desperdício, proporcionando uma economia média de 30% da água utilizada. Esse mecanismo, permite escolher a quantidade de água que será liberada na descarga. Por exemplo, de: 3 litros (fluxo parcial) ou 6 litros (fluxo total)”, explica.

Para oferecer um projeto de arquitetura que tenha maior integração com a natureza, o uso das plantas é a opção número um. “No caso do banheiro, as espécies mais recomendadas são as que se adaptam à umidade e vivem bem à sombra ou meia sombra, sem necessidade de muita luz solar, como a babosa (aloe vera), lírio da paz, violeta, espada-de-São-Jorge”, comenta a arquieta.

Para quem deseja fazer uma reforma maior e trazer aspectos sustentáveis, as opções podem estar presentes até nos pisos e paredes, basta escolher o tipo correto de revestimento. “Os mais indicados são os revestimentos em cerâmica. A principal matéria-prima dos revestimentos em cerâmica é a argila, que são retiradas de camadas superficiais da terra. Então seu uso não causa danos às jazidas, de onde é extraído. Além disso, a cerâmica é reciclável e não emite compostos orgânicos prejudiciais à saúde”, comenta.

A arquiteta também chama atenção para a versatilidade do revestimento. “Os acabamentos cerâmicos apresentam uma variedade de design, texturas, cores e formatos para se adaptar a qualquer ambiente e ao estilo de qualquer pessoa”.

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