De 11 a 24 de agosto, Brasília recebe a sexta edição do Festival Vulica Brasil, evento internacional de arte urbana que desembarca pela primeira vez no Brasil, após cinco edições em Minsk, Belarus, onde deixou mais de 50 murais. A capital federal se transforma em galeria a céu aberto, com pinturas de murais de grandes dimensões no Conic e no Setor Comercial Sul. Além das intervenções artísticas, a programação inclui oficinas, caminhadas guiadas, bate-papos com artistas e produtores, além do ‘gran finale’ em um evento de encerramento com música, breakdance, imagens dos murais prontos, arte ao vivo e feirinha cultural, de portas abertas para criadores, produtores, artistas e apreciadores da arte em geral, inclusive as crianças.
A curadoria do festival destaca presença feminina recorde na história do projeto, com artistas como Jumu (Berlim), Ledânia (Colômbia), Rowan Bathurst (Baltimore), Hanna Lucatelli (SP) e Juliana Lama (BSB). Representando o Brasil, os muralistas L7Matrix (Bauru) e Zéh Palito (Limeira) retornam ao evento após participações em Belarus. Também integram o line-up o coletivo Bicicleta Sem Freio (GYN), Toys Daniel (BSB), Enivo (SP) e Rafael Sliks (SP), nomes de peso e ascendentes no circuito internacional da arte urbana. Durante duas semanas, os artistas ocupam as ruas da cidade com suas mega-obras, enquanto o público pode mergulhar em experiências formativas em oficinas, encontros culturais e visitas aos murais, para apreciar a arte monumental sendo feita ao vivo.
Talks
O festival reunirá especialistas, artistas e pesquisadores em debates sobre cidade, arte, cultura e comunicação. No dia 11 de agosto, o arquiteto e sociólogo Marcelo Teixeira conduz a conversa “Boemia e Urbanismo: do Século XIX à Brasília Contemporânea”. No dia 16, a programação inclui “Bate-papo sobre Divulgação Cultural” com Marcelo Pimentel, fundador do Instagrafite, e um “Bate-papo sobre Arte Urbana” com artistas locais, mediado por Gu da Cei. No sábado, dia 17, o debate “Arte urbana e direito à cidade” ocupa a praça interna do Conic, aberto ao público.No dia 23, o túnel recebe o “Bate-papo sobre Festivais de Arte Urbana” com representantes dos festivais NaLata (SP), CURA (BH) e Vulica (DF).
Oficinas
As oficinas formativas de diferentes manifestações da arte urbana são apropriadas a diferentes faixas etárias. Nodia 14 de agosto, Igor Baldez convida o público a “Olhar de Dentro: Autorretrato Intuitivo” (A partir de 12 anos), enquanto Flávio Kustela, no dia 15, traz a “Oficina de História em Quadrinhos” (A partir de 10 anos). No dia 23, Adriane Kariú propõe uma “Oficina de Lambe-lambe” no SESI Lab (A partir de 12 anos), e Ramon Phanton conduz“Oficina de Graffiti e Arte Urbana”, com foco na identidade visual na Quadra 5 do SCS. Já no dia 24 de agosto, Diogo Rustoff realiza a “Oficina de Estêncil” (A partir de 12 anos), através de técnicas introdutórias.
Caminhadas Guiadas
O público também pode explorar a cidade por meio de três caminhadas guiadas. A caminhada “Memórias e Resistências do Centro de Brasília”, do coletivo Transhistórias e do Instituto NoSetor, acontece no dia 17 de agosto, propondo leitura crítica da arquitetura e da ocupação urbana. Em edição especial, a mesma atividade será realizada em parceria com o ACNUR, agência da ONU para os refugiados, no dia 23. No encerramento, no dia 24, o passeio “Cidade de Brincar” convida crianças de até 12 anos para experiência sensorial com contação de histórias, sabores do cerrado e leitura lúdica dos grafites.
O Festival Vulica 2025 reafirma seu compromisso social por meio de parcerias com o ACNUR, que celebra 75 anos de atuação em prol dos refugiados de todo o mundo, e com o Instituto NoSetor, que transforma o Setor Comercial Sul em polo de arte e memória. Grupos atendidos pelo ACNUR no DF participam de oficinas e visitas guiadas, promovendo inclusão e pertencimento por meio da arte. O NoSetor fortalece a conexão entre arte e território com ações como a pintura de muros, intervenções no Buraco do Rato e roteiros guiados pelo centro da cidade.
Live Painting
Em dias úteis, os murais serão pintados aproximadamente de 9h às 18h nos paredões do Conic e do Setor Comercial Sul, de 12 a 23 de agosto, véspera da festa de encerramento no SesiLab. As criações ocorrem a céu aberto, permitindo ao público acompanhar ao vivo o processo artístico dos muralistas. A movimentação dos andaimes e os desenhos nas fachadas enriquecem a rotina urbana e propõem nova relação entre a cidade e o público.
Ativações especiais pré-encerramento
A Galeria dos Becos será ativada no dia 23 de agosto, ocupando a Quadra 5 do SCS com proposta de requalificação artística dos becos da área. A ação amplia o uso dos espaços públicos entre edifícios com performances, intervenções artísticas, oficinas e a nobre presença de artistas locais. Realizado em parceria com o Instituto NoSetor, o projeto convida o público a reimaginar esses becos como pontos de encontro e efervescência cultural, estabelecendo novos fluxos para a arte no centro de Brasília. No mesmo dia, vai rolar a exibição do documentário “Cidade Cinza”, no túnel do SESI Lab, seguida de bate-papo sobre apagamentos urbanos e resiliência cultural.
Encerramento no belo jardim do SESI LAB
No domingo, dia 24, a programação se encerra em clima de celebração no lindo jardim do SESI Lab. A partir das 14h, o espaço recebe feirinha de arte, pintura ao vivo dos artistas Odrus e Satão, breakdance dos B-Boys do DF Zulu Breakers, Confronto Soundsystem atrás das pickups e apresentação musical surpresa. A tarde marca o fechamento simbólico do festival, reunindo artistas, público e parceiros na festa das despedidas, até a próxima edição do festival Vulica Brasil
