A Casa Albuquerque apresenta Os meios dias, primeira exposição individual de José Bechara em Brasília. Com o adiamento da mostra na galeria (localizada na Comercial da QI 05 do Lago Sul), inicialmente prevista para maio de 2020, bem como de outros muitos projetos mantidos em suspenso desde março do último ano, Bechara mergulhou em sua prática artística.
O título – Os meios dias – remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela situação que vivemos, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê.
Antes plenos, seus dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido.
Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, se faziam presentes em toda parte.
Enquanto o universo que cabia entre um amanhecer e outro passou a se parecer igual e sem propósito, Bechara seguiu em seu ateliê. O resultado desse exercício de manter-se íntegro, fiel ao que se propõe a apresentar ao mundo, nas mais adversas circunstâncias que já enfrentou, pode ser visto na Casa Albuquerque.
Sobre José Bechara
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros.
Sua pesquisa, empreendida há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira, através de seu rico e diversificado acervo.
Serviço
Os meios dias – José Bechara
Até o dia 24 de julho
Segunda a sexta: das 10 às 19h
Sábado: das 10 às 13h
Visitas mediadas para grupos de até 10 pessoas: terças e quintas-feiras, às 17 horas. Agendamento prévio para visitas pelo telefone 61 99885-1030
Casa Albuquerque Galeria de Arte
SHIS QI 05 bl. C lj. 09 – sobreloja – CL
Lago Sul – Brasília
61 99885-1030
www.galeriaca.com | @casa_albuquerque