A conclusão da 6ª edição do evento Prêmio Profissionais da Música (PPM), uma das maiores premiações do setor musical do Brasil, acontecerá entre 03 e 07 de novembro, dando continuidade à proposta de valorização de toda a cadeia do negócio da música, desde os bastidores, passando pela obra em si, até sua distribuição, abarcando os segmentos Criação, Produção e Convergência. Nesta edição, ao Slogan “Do Analógico ao Digital, Viva o Direito Autoral”, soma-se outro por força das circunstâncias: “De Brasília para o Mundo, 100% online”.
Como uma das marcas do PPM é a atmosfera de emoção, sempre presente às cerimônias de premiação e eventos paralelos, a organização do evento trabalha para ir além da exposição e reconhecimento de 105 categorias de profissionais da música, envolvendo 482 finalistas representando 19 estados brasileiros e o Distrito Federal (destes, 55 são do DF) e buscando romper o distanciamento, típico de eventos digitais, com atrações especiais e muitas surpresas. A presença do público também é mais que bem-vinda, com toda a programação aberta e gratuita à participação mediante inscrição na plataforma Sympla.
Certamente o número recorde de categorias e as personalidades escolhidas para simbolizar a edição, já renderão momentos memoráveis. Pela primeira vez, o PPM homenageará mulheres, e três de uma vez.
Representando os pilares Produção e Convergência, a 1ª noite de premiação destacará a inestimável contribuição da instrumentista e professora de música Odette Ernest Dias e da radialista/jornalista Patrícia Palumbo para a música brasileira. Encerrando a programação, a segunda noite de premiação, representando o pilar Criação, homenageará a saudosa, inesquecível e inigualável cantora Cássia Eller.
“A emoção da confraternização entre os participantes sempre marcou o PPM, e é nosso desafio manter o calor humano em alta. Mas, se por um lado a pandemia nos tirou a alegria do encontro, as possibilidades do contato digital que se ampliaram nesse ‘novo normal’, nos permitiram globalizar o evento para promover troca de experiências e atrações para além das fronteiras do nosso país. Este mercado está muito sensibilizado e todos merecem esse congraçamento, esse reforço e reconhecimento de que somos muitos, valorosos e, principalmente, necessários”, afirma Gustavo Vasconcellos, idealizador da premiação.
As novidades serão muitas, a começar pelo formato digital. Depois de cinco edições presenciais realizadas em Brasília, com a participação de profissionais vindos dos quatro cantos do Brasil e de outros países, o PPM foi adiado de 2020 para 2021 pela esperança no recrudescimento da pandemia, o que, infelizmente, ainda não se alcançou de forma segura. Mas com inventividade, relevância e tecnologia, o público do evento, formado pelos mais diversos agentes, artistas e profissionais do mercado que envolve a música, poderá participar de uma extensa programação a ser acessada gratuitamente, mediante cadastro na plataforma Sympla, espaço que abrigará o PPM.
Direto do Mané Garrincha será montada uma estrutura para a veiculação da premiação e performances musicais em referência às homenageadas do PPM 21. E se no local, apenas algumas pessoas (técnicos, apresentadores e artistas responsáveis pelas apresentações) poderão estar presentes, até mil pessoas poderão participar de cada uma das atividades, remotamente. A programação do PPM, distribuída por cinco dias, será transmita a partir das salas digitais temáticas Odette Ernest Dias (Viva a Educação), Patricia Palumbo (Viva a Informação) e Cássia Eller.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
A sala Odette Ernest Dias (Viva a Educação) acolherá o lançamento da Academia dos Profissionais da Música, com a realização de bate-papos e SuperLives. Na programação, encontros entre os finalistas das categorias dedicadas à literatura técnica musical e debates diversos entre 24 profissionais da música brasileira (8 Superlives com a participação de três profissionais em cada) marcando o lançamento da pedra fundamental desta Academia. A participação do público acontecerá mediante cadastro prévio.
Na sala Patricia Palumbo (Viva a Informação), palestrantes e artistas nacionais e internacionais compartilharão conhecimentos e emoções em torno da exibição de conteúdos originais exibidos exclusivamente durante as atividades. No total serão 12 workshows, 6 palestras nacionais, 6 palestras internacionais e 14 pocket shows, entre locais, nacionais e internacionais.
Já na sala Cássia Eller (Viva a Inovação), serão realizados 8 painéis nacionais e internacionais, onde, a partir de diferentes partes de Brasília, do Brasil e do mundo, 24 palestrantes compartilharão opiniões e percepções sobre oito temas super atuais. Nos intervalos será apresentada uma mostra com os 23 videoclipes dos finalistas desta edição
Por fim, e sob o slogan Viva a Emoção, em duas duas noites serão celebrados os escolhidos das 105 categorias na Cerimônia de Premiação- Produção e Convergência e Cerimônia de premiação – Criação, reunindo finalistas e público, remotamente. Destas categorias, 97 englobam os 482 finalistas selecionados entre os 2228 inscritos mais votados em três etapas. A edição 2021 contemplará, ainda, 8 categorias com 40 finalistas indicados a partir de 160 indicações feitas por 19 profissionais do Conselho Sensorial do Prêmio Profissionais da Música, criado ao longo da pandemia.
AS HOMENAGEADAS
PATRICIA PALUMBO
Jornalista formada pela PUC/SP em 1986, Patricia Palumbo atua no rádio, desde os 18 anos, abordando música e meio ambiente, principalmente. Há 22 anos criou o programa Vozes do Brasil, que repercute o melhor da música brasileira em 11 emissoras do país. Já em 2016 criou a Rádio Vozes, que se desdobra no ambiente digital em rádio web, aplicativo e plataforma de podcasts.
Além da marcante presença no rádio, Patricia muito contribui para o registro da música também através de livros. Até o momento já são três: Vozes do Brasil vol.1 e 2 e Entrevistas Reunidas. Neles, publica entrevistas com inúmeras personalidades da música, entre elas Cassia Eller, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Rita Lee, Elba Ramalho, Pato Fu, Chico César, entre outros.
Em 1998, levou o seu talento e missão de divulgar a música para a televisão e apresenta, desde então, a série Instrumental Sesc Brasil, pela TV Sesc. Paralelamente, realiza curadoria e consultoria musical para TV Cultura, Casa Brasileira e Itaú Cultural, além de ministrar oficinas de rádio, onde compartilha sua paixão em atuar neste meio de comunicação que segue como o de maior audiência do país.
Também contribuiu com o cinema. É coautora do média metragem – Vozes do Brasil Do(co)mentado, com Helena Maura e Thiago Taboada, que correu festivais mundo a fora e, distribuído para escolas e bibliotecas, agrega conhecimento e história da nossa música em palestras e debates sobre a canção brasileira.
Seu trabalho e contribuição para a música brasileira é reconhecido e premiado. Pela APCA (Associação Paulista dos Criticos de Arte) foi premiada nas categorias “Melhor programação de FM”, “Melhor Âncora, “Melhor Programa de Música Brasileira”, e “Melhor Produção de Rádio” com o Maritaca, na Rádio Vozes.
ODETTE ERNEST DIAS
Quando chegou da França, em 1952, Odette Ernest Dias, formada em flauta transvesal, história da música e estética pelo Conservatoire National Superieur de Paris, já era uma instrumentista reconhecida e premiada por seu talento. Tanto que chegou ao Brasil pelo convite para integrar a Orquestra Sinfônica Brasileira. Sempre com brilhantismo, fez parte de inúmeras orquestras, inclusive as de rádio, e gravou com grandes artistas. Paralelamente à carreira de instrumentista, destacou-se como professora. Lecionou no Conservatório Brasileiro de Música e nos Seminários de Música Pró-Arte (RJ), na Universidade de Brasília (UnB) e em inúmeras instituições como professora convidada.
A grande erudição com que lapidou seu talento em ambientes acadêmicos e tradicionais, não restringiram o alcance da artista ao universo clássico. Ao contrário, Odette se encantou pela música popular brasileira e tem seu nome citado entre os maiores flautistas do Brasil, ao lado dos geniais Pixinguinha e Altamiro Carrilho. A música que convida, que improvisa e que promove encontros movimentou seu apartamento em memoráveis saraus nos tempos em que viveu em Brasília. O Clube do Choro, importante patrimônio cultural da capital, nasceu desses encontros, na presença de Odette e também por causa dela.
Seu talento e interesse pela formação da música brasileira rendeu pesquisas, livro, discos, participação em eventos, atuação em filme e apresentações Brasil e mundo a fora. Ao longo de sua vida, vem se dedicando não apenas à sua música e arte, mas à cultura brasileira. Nas salas de aula, nas salas de concerto, nas incontáveis apresentações, em sua casa, onde cinco de seus seis filhos se tornaram instrumentistas, Odette, foi e é inspiração.
CÁSSIA ELLER
Verve, rebeldia, doçura, timidez, romantismo, atitude. Como era complexa Cássia Eller. Cada um tem uma história, uma tese, uma opinião sobre as escolhas, destino ou personalidade da emblemática cantora e multi-instrumentista que se foi aos 39 anos de idade. Só não dá para divergir quanto ao seu talento: este, gigantesco. Cássia tinha um estilo inconfundível e ao cantar a música de alguém, essa música se tornava, também, sua. Aliás, sua versão, não raro, transformava a primeira em secundária. E isso quando o autor já não passava ou escrevia a música especialmente para ela. Privilégios concedidos a –e conquistados por– verdadeiros intérpretes. Tampouco, Cássia conseguia cantar de outro jeito que não fosse o seu. Em tudo na vida, nunca foi outra coisa senão 100% ela mesma, com todas as delícias e consequências de ser o que era. Não consta que tenha se arrependido.
Carioca, mudou-se muito na juventude em razão da carreira militar do pai. De volta ao Rio de Janeiro, aos 12 anos, ganhou um violão e aprendeu a tocá-lo ao mesmo tempo em que aprendia inglês, cantando Beatles. A cantoria em casa de dona Nancy, sua mãe, também foi inspiração e aprendizado. Aos 18 anos, quando se mudou para Brasília, mergulhou na música de vez. Sem preconceitos e ainda sem saber que caminho seguir, traçou o que apareceu pela frente. Seu negócio era cantar, fosse em coral, ópera, banda de forró, musical ou trio elétrico. Barzinhos então…. Toda uma geração de Brasília fala com orgulho: “Ouvi a Cássia cantar milhares de vezes no Bom Demais”. Assim mesmo, com esse grau de intimidade. De fato, foi mesmo um privilégio. Dava para sentir que ela ia decolar.
A grande oportunidade aconteceu em 1989, quando seu tio Wanderson Clayton fez chegar à Polygram uma demo com a música “Por Enquanto”, de Renato Russo. O resto é história. Em 12 anos, foram inúmeras e definitivas parcerias, como a com o cantor e compositor Nando de Reis que marcou ambos: um encontro de almas. Gravou seis álbuns, um deles, póstumo. Shows foram centenas. No ano de sua morte, 2001, lançou o álbum acústico Acústico MTV (2001), que lhe rendeu o Grammy Latino de Melhor Álbum Rock e alcançou mais de um milhão de cópias vendidas. Uma estrela, enfim. Ou um segundo Sol?
Sua associação ao rock tem muita razão de ser. Não só por boa parte do repertório, mas por sua natureza rebelde, avessa à padronização e a caretices. Mas um olhar atento enxerga uma artista absolutamente eclética, desprovida de preconceitos, com sede de música. Cantou Cazuza, Chico Buarque, Legião Urbana, Beatles, Hendrix, Piaf, Nando com a mesma entrega e brilho no olhar.
Em dezembro fará 20 anos que Cássia Eller foi embora. Mas será que se foi mesmo? Maria Eugênia, sua companheira, diz: “Eu vejo a Cássia todos os Dias no Francisco”, em referência a Chicão que carrega, além da música, o mesmo sorriso e olhar da mãe. A todos nós, resta lembrar, ouvir e homenagear uma existência tão rara.
PERTINÊNCIA TEMÁTICA
Se em 2015 o PPM questionou o futuro da música, em 2016 o foco esteve na discussão do valor de todos que criam, produzem, exibem, comercializam, compartilham e usufruem dessa matéria prima. Em 2017, o tema das capacitações e sensibilizações do evento esteve no valor do coletivo, através de associações e colaborações entre os setores criativos e produtivos convergentes. A 4ª edição debateu ações e realizações bem-sucedidas do empreendedorismo musical nos setores público, privado e digital, contemplando possibilidades e oportunidades geradas a partir da cadeia criativa e produtiva audiovisual. Na edição de 2019, o evento envolveu os participantes na com a temática “Do clássico ao popular- 100 anos de música brasileira”.
A sexta edição, em 2021, dará ênfase aos protagonistas deste setor: eles, os criadores/autores da música, uma das mais ricas joias da cultura brasileira, que dá sentido a este prêmio, festivais, conteúdos, serviços e que movimentam “corações e mentes” na alegria e na tristeza em todos os cantos do planeta. Prêmio Profissionais da Música, 6ª edição: do analógico ao digital, viva o Direito Autoral.
MODALIDADES E CATEGORIAS
CRIAÇÃO
Autor(es) (música e letra), Autor(es) (instrumental), Autor(as) (música e letra), Autor(as) (instrumental), Cantor, Cantora, Instrumentista Popular Masculino, Instrumentista Popular Feminino, Instrumentista Erudito Masculino, Instrumentista Erudito Feminino, Arranjador, Arranjadora, Artistas | Intérpretes: Hip Hop & Rap, Artistas | Intérpretes: Instrumental, Artistas | Intérpretes: Hardcore e Metal, Artistas | Intérpretes: Jazz & Blues, Artistas | Intérpretes: Groove, PoP & Reggae, Artistas | Intérpretes: Cultura Popular, Artistas | Intérpretes: Violas e Violeiros, Artistas | Intérpretes: Samba, Artistas | Intérpretes: Pagode, Artistas | Intérpretes: Choro, Artistas | Intérpretes: Eletrônico, Artistas | Intérpretes: MPB, Artistas | Intérpretes: Rock, Projetos Musicais Especiais: Espetáculos infantis, Projetos Musicais Especiais: Cds, dvds ou álbuns digitais infantis, Projetos Musicais Especiais: Educativos, Projetos Musicais Especiais: Livros Musicais, Projetos Musicais Especiais: Bloco de Carnaval, Projetos Musicais Especiais: Som na Rua, Projetos Musicais Especiais: Orquestras Sinfônicas, Projetos Musicais Especiais: Fanfarras e Orquestras Populares, Projetos Musicais Especiais: Grupos Vocais, Projetos Musicais Especiais: Banda Cover e Projetos Musicais Especiais: Trilha de Vídeo Game.
Finalistas
Indicações do Conselho Sensorial
A personalidade da música do ano, A revelação artística do ano e o show do ano [digital, drive in ou presencial].
PRODUÇÃO
Editora Musical (Pessoa Jurídica), Executivo(a) de Licenciamento e Contratos, Produtor Musical (cds, vinil e álbum digital), Direção Musical (espetáculos), Produtor Executivo (pessoa física), Produtora Executiva (pessoa física), Produtor(a) de Trilha Sonora para Cinema, Produtor(a) de Trilha Sonora para Video Game, Produtor(a) de Trilha Sonora para TV, Produtor(a) de Trilha Sonora para Série, Selos Musicais, Engenheiro(a) de Gravação, Engenheiro(a) de Mixagem, Engenheiro(a) de Masterização, Designer (a), Fotógrafo (a), Agência de Comunicação para Eventos, Empresa de Assessoria de Imprensa, Diretor(es) de Vídeo Clips, Produtor(a) de Evento, Empresa de Produção de Eventos, Escritório de Agenciamento Artístico, Estúdio de Gravação e Mixagem, Estúdio de Masterização, Técnico(a) de PA, Técnico(a) de Monitor, Iluminador (a), Roadie (a), Empresa de Sonorização, Empresa de Iluminação, Empresa de Estruturas Técnicas, Apresentador de programa de Rádio e Apresentador de programa de Podcast.
Finalistas
Indicações do Conselho Sensorial
O single do ano, O álbum do ano e O projeto de preservação e memória da música do ano.
CONVERGÊNCIA
Festival de Música Independente, Festival de Música Blues & Jazz, Festival de Música Online, Festival de Música Eletrônica, DJ Live Set, VJ Live Set, Projetos Musicais Culturais, Projetos Musicais de Entretenimento, Canais Digitais de Divulgação da Música, Programa de Webradio / Programa de Radio, Escola de Musicalização Infantil, Webradio e Radio, Canal de Youtube Curso Técnico Musical, Curso de Music Business, Canal de Youtube Artista, Podcast Musical, Video Clip, Escola de Música e Feiras e Congressos de Música
Finalistas
Indicações do Conselho Sensorial
A Live serie do ano, A (o) jornalista da música do ano (blog, jornal, revista, programa de rádio/webradio e podcast), O projeto ou solução criativa com música dos profissionais da música para o público durante a pandemia [não vale live], A ferramenta ou solução tecnológica em favor dos profissionais da música durante a pandemia [não vale live].
HISTÓRICO—HOMENAGEADOS
2015- Renato Russo
2016- Fernando Brant
2017- Benjamim Taubkin, Pena Schmidt e Thomas Roth
2018- Roberto Menescal
2019- Claudio Santoro, Ronaldo Bastos e Genildo Fonseca
2021- Cássia Eller, Odette Ernest Dias e Patricia Palumbo
SERVIÇO
Prêmio Profissionais da Música
De 03 a 07/08 (das 10h às 20h)
Premiação Produção e Convergência- 06/08 (20h)
Premiação Criação- 07/08 (20h)
Ingressos gratuitos e limitados no Sympla