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Imagina ter que se deslocar por 20 km ou mais para ir a uma cafeteria especialista em cafés especiais. A configuração urbana de Brasília desfavorece o acesso a experiências gastronômicas para quem mora nas Regiões Administrativas. Mas, recentemente, iniciou-se um movimento de difusão da cultura cafeeira, além do eixo Asa Sul e Asa Norte.

As Regiões Administrativas situam-se a muitos quilômetros do Plano Piloto, onde se concentra a maioria das atividades culturais e serviços de alta qualidade de Brasília. A distância, entre outros aspectos, reforça a segregação social entre os moradores, limitando o acesso a tais vivências. Seguindo a direção oposta, empreendedores têm apostado no potencial dessas áreas.

Quando o assunto é café especial, Águas Claras, Taguatinga, Guará e Sobradinho são pontos emergentes nesse cenário, com cafeterias que oferecem serviço de barismo, entre outras iniciativas. “É comum a crença de que nas Regiões Administrativas não há demanda por experiências desse tipo. Saímos da Asa Sul e decidimos ir para Águas Claras porque vimos uma oportunidade de fortalecer a cena do café fora do Plano.”, conta Gui Cassimiro, sócio da 002 Café.

Além da 002, o Vértice Café, o Crioula Café, o La Chicra, o Coe e o Acorde 27 são a prova de que há muita gente fora do centro da capital não só interessada, mas também disposta a pagar por produtos e experiências de alta qualidade. Gui lembra que esse movimento não é só sobre o café. “É também uma forma de estimular outros empreendedores a investirem nessas regiões e ainda contribuir para o desenvolvimento econômico e para o enriquecimento do cenário gastronômico e cultural”.

A maioria das cafeterias especializadas promovem ações de apoio à agricultura sustentável e a valorização de pequenos produtores. Além disso, atuam como polos propagadores da cultura cafeeira ao produzirem eventos, como festivais e workshops.

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