As pesquisas para combater o vírus da COVID-19 (Sars-Cov-2) não se limitam ao desenvolvimento de vacinas ou à descoberta de novos tratamentos. Na pandemia, marcas de roupas têm apostado na produção de peças com tecido antiviral que oferece uma proteção extra contra o agente infeccioso.
‘‘Nosso tecido é composto por íons de prata, que possuem propriedades antivirais, rompem o envelope de gordura do vírus e o eliminam rapidamente ao entrar em contato com a peça. Dessa forma, os riscos de uma infecção cruzada, ou seja, quando há o contato com uma superfície contaminada, são reduzidos. A proteção é garantida até 50 lavagens’’, explica Débora Flores, proprietária da LIVE! do Iguatemi Brasília.
Ela ressalta que os produtos antivirais são apenas um reforço na proteção contra o coronavírus. ‘‘Roupas com essa tecnologia não impedem por si sós a contaminação. É necessário continuar seguindo as recomendações feitas desde o início da pandemia”, ressalta a proprietária.
O tecido antiviral já era usado em peças destinadas a profissionais da saúde, mas, desde a pandemia, tem sido aposta de marcas de moda. O assunto foi discutido em um painel do Iguatemi Talks Fashion em outubro de 2020, com a participação de representantes da Lupo, Oriba e Rhodia.
Geralmente, compostos antivirais, como prata, cobre ou zinco, são inseridos durante a fabricação dos fios do tecido ou na peça finalizada, seguindo uma técnica de tingimento. Após o processo de fabricação, o produto passa por testes para verificar a capacidade antiviral.
Segundo Débora, as peças da LIVE! recebem o composto antiviral no decorrer da produção e, antes de ser comercializadas, são testadas. “Após o processo de fabricação, são certificadas pelo Instituto de Biologia da UNICAMP e testadas seguindo os protocolos internacionais ISO 18184 (antiviral) e AATCC 100 (antibacteriana)”, conclui.