“A forma segue a função.” A icônica frase do arquiteto americano Louis Sullivan é um dos princípios que influencia arquitetos e designers, desde o final do século XIX. A concepção do projeto tem como ponto de partida a compreensão das necessidades funcionais do edifício ou espaço, depois, cria-se uma forma que as atenda de maneira eficiente e eficaz. A beleza e a expressão visual surgem naturalmente, a partir da resolução dessas necessidades funcionais. Esse conceito é primorosamente apresentado em uma clínica de psicologia, projetada pela Tune Arquitetura e a arquiteta Joyce França, integrantes da Archademy Distrito Federal.
Um lugar que inspire acolhimento e tranquilidade. Essa foi a ideia que norteou a criação do projeto, que tem como peça central uma releitura do quadro icônico de Tarsila do Amaral, Abaporu. “O quadro guiou a escolha da paleta de cores, que traz suavidade e leveza. As texturas foram pensadas para propiciar uma sensação de acolhimento e bem estar”, conta Bia Venâncio da Tune Arquitetura.
O consultório de 30 m² foi carinhosamente chamado pelas profissionais de Projeto Tarsila e tem como principais materiais o MDF Freijó, o mármore travertino e a textura velvet. Foram priorizados elementos que traduzissem a beleza dos materiais naturais e a atemporalidade.
“A partir da escolha dos materiais direcionamos todo o layout. A estante onde foi aplicada a madeira e o travertino foi um dos pontos focais do projeto. A ideia era ter um mobiliário que servisse de armazenamento e ao mesmo tempo trouxesse uma identidade para o espaço”, comenta a arquiteta Joyce França.
Junto à iluminação suave e direcionada, plantas e pedras foram incorporadas ao design para produzir uma atmosfera relaxante. A mobília complementa a obra de arte com cadeiras e sofás em tons neutros. O metal na mesa de apoio e estantes mantém a modernidade.
“O nosso objetivo foi criar um ambiente único e convidativo, onde a arte e a psicologia se unem para criar um ambiente de cura inspirador”, finaliza Bia.