Sérgio Borges / Foto César Rebouças e Bruno Pimentel

Criar ambientes corporativos agradáveis e humanizados. Esta é a missão que muitos arquitetos estão recebendo ao redor do mundo. As grandes corporações percebem a cada dia que um empregado feliz é mais produtivo, adoece menos e não falta ao serviço sem uma boa justificativa. Por isso, essa preocupação em transformar os locais de trabalho em espaços de integração está tão em voga nos dias de hoje. A tarefa não é nada fácil, mas hoje os profissionais de arquitetura têm um grande acervo de pesquisas, que comprovam a eficiência de uma arquitetura voltada ao bem-estar dos funcionários em grandes ou pequenas empresas.

Segundo uma pesquisa publicada pela marca norte-americana Haworth, ‘o arquiteto deve estar muito alinhado com a busca pela integração, aceitação e compreensão de culturas e na priorização de valores e comportamentos’. Sérgio Borges, um dos mais renomados profissionais especializados em arquitetura corporativa em Brasília, acredita que essa preocupação é muito profícua e faz com que as empresas vejam mais além. “Recentemente estive em uma importante conferência organizada pela ANFA, nos Estados Unidos, e percebi que não existe mais espaço para uma arquitetura que não prioriza o ser humano. Existe claramente uma compreensão, em nível mundial, sobre os impactos que o ambiente de trabalho tem na qualidade de vida e saúde das pessoas”, diz.

Diante deste tipo de desafio cada vez mais frequente, nasceu a Neuroarquitetura, uma ciência que estuda o impacto que os ambientes corporativos têm na vida dos profissionais. Em sua recente visita à capital, a arquiteta Priscilla Bencke ministrou palestra sobre o tema para colegas de profissão e afirmou que ‘os ambientes corporativos devem funcionar como ferramenta para que as empresas ganhem produtividade’. De acordo com ela, “é preciso criar estratégias ambientais que promovam produtividade e humanização”.

Entre as dicas que estão sendo discutidas pelos profissionais que atuam nesta área estão:

1) A construção de espaços onde a luz, a temperatura e os ruídos sejam contemplados é muito importante para que haja rendimento intelectual.

2) A visualização da natureza através de grandes janelas ou mesmo de imagens de jardins e florestas melhoram significantemente o bem-estar dos profissionais.

3) A possibilidade de se criar espaços para cochilos, orações e até mesmo amamentação pode funcionar muito bem em determinadas empresas.

4) Na questão do mobiliário funcional, observou-se que mesas pequenas em espaços colaborativos não são usadas. Mesas que acomodam um maior número de pessoas são mais procuradas.

5) Respeito ao ritmo circadiano, que baseia nosso relógio biológico. Ou seja, o ser humano sobre influência direta da luminosidade, temperatura que são responsáveis por regular o sono, apetite, estado de alerta, entre outros fatores.

Saiba mais:

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