Uma loja sem fechamentos aparentes e vitrines frontais, onde a barreira física e visual entre o espaço comercial e público é quebrada. Essa é a proposta trazida pela Babel Arquitetura, no Espaço Feito à Mão – SEBRAE, em sua estreia na CASACOR Brasília deste ano. O projeto foi norteado por conceitos de Visual Merchandising e estratégias de marca para favorecer a interação do público com a loja de artesanato local.
Formado pelas arquitetas Sophia Rabelo e Tharla Stambassi e o designer Plínio Barros, o escritório trouxe uma concepção diferente das apresentadas nas últimas lojas do SEBRAE para a mostra. A ideia foi criar um espaço fluído em que as pessoas se sintam convidadas a entrar e conhecer. Cada detalhe foi minuciosamente escolhido para tornar o ambiente convidativo: os materiais, a iluminação, as cores e o mobiliário.
Os elementos escolhidos, além de carregarem a identidade da Babel Arquitetura, possuem significados: a serralheria remete leveza, enquanto vidro a permeabilidade e envolvimento dos produtos. O tecido é o componente sensorial junto à iluminação que traz vida e clareza ao ambiente. “As escolhas foram guiadas pela intenção de conceber uma atmosfera receptiva e estimular a curiosidade pelas peças e suas histórias, além de valorizar os artesãos locais”, conta Tharla, uma das sócias da Babel.
Com 81 m², o projeto destaca as linhas retas e vai contra a tendência atual de formas orgânicas nos espaços da CASACOR Brasília. Isso apresenta-se desde a escolha dos revestimentos até o desenho dos expositores. Outra característica marcante do Espaço Feito à Mão é o reaproveitamento: grande parte da estrutura do forro e as luminárias descartadas por outras equipes e outras já existiam no local.
A Babel Arquitetura traz tendências de mercado e arquitetura de varejo, mas também questiona padrões e propõe novos olhares para espaços comerciais. Todos os seus projetos refletem um propósito: afetar positivamente as experiências das pessoas que vivenciam os cenários criados pelo escritório.
