Foto: Jota Pacini

Ao visitar a casa de um amigo no Rio de Janeiro, que é também o dono da ótica que ocupa o espaço, Jota Pacini foi tocado pela beleza das artes indígenas que decoram o lar carioca. Dessa admiração nasceu a vontade de criar um espaço onde o olhar moderno se conecta com a alma ancestral, homenageando a cultura que enxerga o mundo de forma tão profunda. “A Olhar Tribal é uma ótica que se destaca pelo design exclusivo e sofisticado. Sua inspiração tem base na ancestralidade brasileira e traz a combinação de armações feitas à mão a verdadeiras obras de arte” conta Pacini.

O espaço conta com vários elementos naturais e sustentáveis em meio ao design requintado e exclusivo das armações dos óculos. As principais matérias utilizadas no ambiente são a palha, o concreto e madeira. Assim como para os índios, os elementos construtivos de origem natural são gradativamente reincorporados na natureza sem que isso gere impactos ambientais negativos. Inspirado nessas construções, as técnicas utilizadas otimizam os recursos naturais, como a ventilação e a iluminação, que é minimalista e natural.

Foto: Edgard Cesar

Com relação ao tema deste ano, “De presente, o agora” , “a ótica Olhar Tribal une tradição e modernidade, inspirada na ancestralidade indígena brasileira em fusão com as armações de acetato italiano com cores vibrantes trazendo um cenário entre passado e presente” enfatiza o designer.

Os adornos, esculturas e luminárias utilizados no ambiente são provenientes do Parque Indígena do Xingu, formado por vários povos de diferentes etnias. Entretanto, cada um desses grupos faz questão de cultivar sua identidade étnica através da criação de artesanatos e objetos que são feitos a mão, como os “Kunhos ou Kun” feitos de talo de palmeira e fios de algodão coloridos. Uma linda e forte maneira de preservar a cultura de cada povo, conservando sempre viva a história de cada etnia.

Composto por obras que trazem vida e beleza para a ótica, o espaço conta com uma pintura desenhada por Maite Barbosa feita exclusivamente para o ambiente. O mobiliário é de madeira maciça integrado com estante de concreto com fundo retro iluminado e itens decorativos como: cocar terra, pingentes de barro natural, cesto usado para pesca e peneiras com grafismos indígenas.

Foto: Edgard Cesar
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